domingo, 9 de dezembro de 2012

Natal a letras garrafais.


É isso que observo para lá do que o meu olhar consegue alcançar. 

Olho e volto a olhar para lá da garrafa que tenho em mão... Mas nada vejo, para além de umas pequenas luzes dissimuladas pelo distorcido de um simples vidro martelado.

Sentado numa esplanada de uma quase deserta Rua Augusta, vejo as iluminações de Natal que embora sem o alcance de outros anos, mantêm a mesma magia.

As pessoas vão e vêm. Vão e vêm... Uns agarrados, outros bem soltos. Uns com esperanças e outros sem qualquer ponta dela. Uns mais outros menos... 
Eu continuo aqui sentado, balanceando a minha garrafa gelada na mão direita, e com a mão esquerda refugiada no bolso do meu casaco,rezando e implorando para que eu não me lembre de a tirar de lá.

O empregado de mesa vai e vem sem reparar que está a ser reparado. O passo apressado e as costas bem direitas. A rapidez de execução e a memória incrivel para oito pedidos diferentes. Impressionante...
Há sempre alguém que avalia de fora e há sempre alguém que é avaliado por dentro. 

No meio disto tudo, e por mais que pensemos que não... Há sempre alguém!




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