quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crise na Saúde... e não só


Depois de duas conversas que tive hoje num espaço de 3 horas, apecebo-me daquilo que muita gente está longe de vir a imaginar. Os tempos que se avisinham estão para vir devagar, aquele devagar que surge sempre a acompanhar as coisas dificeis e complicadas. As coisas que custam e sobre as quais dificilmente temos controlo.

Falo do mundo que conheço e em que vivo. As instituições hospitalares irão ser reduzidas até quase metade.
Ora, se teremos metade das entidades empregadoras, metade das camas em hospital disponiveis, metade das Unidades de Cuidados Intensivos disponiveis, metade das Urgências disponiveis, pergunto como será que farão se um dia algum dos nossos pais tiver um enfarte e necessitar de fazer um cateterismo ("desentupir" uma artéria do coração)...
Será certamente encaminhado para uma enfermaria de medicina ou ortopeda, a tomar uma aspirina por dia e a rezar que as consequências não sejam as maiores...

A classe media, na qual eu penso que me insiro (mesmo sendo ainda dependente em muitos aspectos dos meus pais) vai sofrer um grande revés. Cada vez mais sentiremos o nosso emprego ameaçado, e o cerco a aumentar. Está bem que faz parte da competetividade, e é mesmo assim que o mundo funciona, no entanto poderá estar para surgir um terramoto com o qual nem todos terão capacidade e estabilidade para olhar de frente.

Não sei onde me enquadro, se serei atingido ou não, se estarei a exagerar ou a pecar por defeito, mas algo de bom não virá decerto...

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