Estoirado, caminhou até à cozinha, abriu a porta do frigorifico, abriu a gaveta de baixo e tirou de lá uma Super Bock.
Dirigiu-se até à sala que ainda era iluminada de amarelo torrado pelo sol cansado que se ia pondo aos poucos.
Sentou-se, de perna aberta, e braços abertos apoiados nas costas do sofá, enquanto saboreava o descer do líquido gasoso garganta abaixo até assentar no fundo do estômago vazio.
Soube tão bem!
(e tudo isto num silêncio líquido, um silêncio gasoso)
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Música do dia - If I lose Myself
* SMS*
- Já foste para casa?
- Ainda não, estou a chegar à mota... tu?
- Também não. Tens um capacete a mais?
- Um capacete a mais, e alguém a menos...
Ele entregou-lhe o capacete, ela subiu a "bordo", agarrou-se ao tronco como que tem medo de perder... Subiram a rua até ao topo, e só pararam 1 hora depois. Seguiram para as ruas desertas de Lisboa, atravessaram inúmeros sinais amarelos intermitentes, foram molhados pelos salpicos das regas nocturnas e competiram com os camiões do lixo.
Já era dia quando ele a deixou onde a tinha apanhado. Foram abrir a pastelaria do bairro. Ainda cheirava intensamente a pão quente, tanto que o sono teimava em não chegar. As primeiras pessoas entraram e saíram. Depois vieram as segundas e as terceiras, enquanto ali falavam de tudo como se de nada se tratasse. E foi ali, naquela manhã, naquela pastelaria e naquele pequeno almoço que ele soube que seria ela.
OneRepublic - If i lose Myself
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Fogos florestais
Se há uma coisa que não compreendo nos sucessivos governos de Portugal, é a posição que tomam ano após ano, no combate aos fogos florestais.
Ao invés de gastarem milhares durante 9 meses de outono, inverno e primavera, teimam em gastar milhões num só mês, o de Agosto!
As vidas de bombeiros continuam a ser ceifadas como se fosse normal assim acontecer... Tanta gente sem trabalho no inverno, tão pouco que se investe na prevenção, e tanto que se gasta no verão quase sempre em vão.
Todos nós temos alguém conhecido que é bombeiro, só não pensamos que algum dia vai tocar a esse alguém, mas isso, isso é apenas uma questão de tempo.
Todos nós temos alguém conhecido que é bombeiro, só não pensamos que algum dia vai tocar a esse alguém, mas isso, isso é apenas uma questão de tempo.
Obrigado senhores governantes por todos estes homicídios por negligência.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Pensamentos afogados
Todas as palavras certas, todos os movimentos compostos e todas as vontades soltas.
Ninguém sabia para onde íamos, iamo-nos afundar... pensava eu...
Quem diria um dia, que o certo seria estar assim afogado por ti. Afogado do teu ar e da tua presença...
Afoga-me nos teus pensamentos, agora, hoje e sempre!
Ninguém sabia para onde íamos, iamo-nos afundar... pensava eu...
Quem diria um dia, que o certo seria estar assim afogado por ti. Afogado do teu ar e da tua presença...
Afoga-me nos teus pensamentos, agora, hoje e sempre!
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Condições de vida
Algo que cada vez mais nos circunda os pensamentos.
Estaremos nós com as condições de vida que desejaríamos? Os luxos que sempre desejámos, o ordenado que achamos que merecemos, a casa que idealizámos, os objectos que os outros têm e nós queríamos ter?
Tudo isso em Portugal parece estar cada vez mais longe... Não conseguimos ter a casa que desejaríamos, o ordenado que merecemos, os luxos que queremos, e depois vamos à procura disso lá fora e o que encontramos?
Um cubiculo de casa, uma renda altíssima, um ordenado alto para Portugal, mas baixo para um Português que vive fora de Portugal. Nada paga a família longe, as amizades que apagam, os dias que passam a ser rotina, os verões sem sol e as noites quentes numa esplanada.
Porque é que queremos sempre mais, se já temos tudo?!
Porque é que queremos condições de vida, se já temos uma vida em condições?...
Estaremos nós com as condições de vida que desejaríamos? Os luxos que sempre desejámos, o ordenado que achamos que merecemos, a casa que idealizámos, os objectos que os outros têm e nós queríamos ter?
Tudo isso em Portugal parece estar cada vez mais longe... Não conseguimos ter a casa que desejaríamos, o ordenado que merecemos, os luxos que queremos, e depois vamos à procura disso lá fora e o que encontramos?
Um cubiculo de casa, uma renda altíssima, um ordenado alto para Portugal, mas baixo para um Português que vive fora de Portugal. Nada paga a família longe, as amizades que apagam, os dias que passam a ser rotina, os verões sem sol e as noites quentes numa esplanada.
Porque é que queremos sempre mais, se já temos tudo?!
Porque é que queremos condições de vida, se já temos uma vida em condições?...
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